Calma. Cada um tem seu jeito, por isso nada de receitas prontas! Precisamos de autoconhecimento. Só nos conhecendo conseguiremos sair bem desta crise

Primeiramente, é tempo de exterminar o inimigo invisível com todas as medidas necessárias, urgentes e imediatas que se impõe!
Depois, precisamos de tempo para atravessar o “deserto”, não sabemos por quanto tempo é a travessia: 40 dias ou 40 meses; rumo ao novo e desconhecido mundo pós-covid-19, chamado informalmente de mundo “comvida-20″.
Durante o extermínio, temos que nos adaptar rapidamente ao #stayhome (#fiqueemcasa), #homeoffice, #mundodigital. Ao isolamento social e ao confinamento. Ou seja, ficar “grudado” nas pessoas que habitam conosco e distantes, “afastados”, das pessoas que amamos e são importantes para nós para não estão dentro da nossa casa.
Surgem novas tarefas difíceis e inusitadas, que mudaram compulsoriamente nossas rotinas e todas as relações que temos: parental, conjugal, filial, profissional, social, e até mundial.
Temos, portanto, nesta situação dramática uma sobrecarga de crises que são simultâneas, chamada cientificamente de crise sistêmica, pois vários sistemas humanos estão afetados.

Não somos iguais e isso tem que ser considerado na escolha da estratégia individual para sobreviver
(Foto: Getty Images)
Como sobreviver?
Antes de mais nada, entender tudo o que está acontecendo através de fontes seguras de informação. Muito cuidado com as chamadas fake news, que são tão nocivas quanto o vírus, pois viralizam boatos, opiniões, versões do fato, mas não se preocupam com o fato em si.
Selecione bem, pois essas notícias falsas vão procurar dramatizar ainda mais o que é dramático para te enfraquecer e dominar, seja política ou ideologicamente. São os oportunistas de plantão! E as mídias sociais para eles são uma arma poderosa e penetrante pela capacidade de espalhar mais pânico e terror.
Recentemente li uma pesquisa (e de uma fonte segura) que diz que as fake news têm mais leitores e seguidores do que as notícias dos fatos sem julgamento, com isenção! Então, um alerta: vamos nos policiar e filtrar, seguir veículos com tradição de seriedade e confiabilidade.
Sendo alimentado com informações precisas e relevantes, seu cérebro vai conseguir funcionar melhor, pois estará menos irracional. Sim, irracional.
Sabe o que acontece em tempos de crise?
Regredimos como ser humano, pois disparam mecanismos de alerta ao perigo de vida e morte, liberando uma carga emocional que inunda seu racional, ou seja, sua capacidade de pensar!
As emoções ganham da razão de longe. Tem um pensamento que diz “a razão é escrava da emoção”. Então, lidar com as nossas emoções é a estratégia número 1 para seguir para outras fases da gestão da crise.
Para lidar com as própria emoções o autoconhecimento é fundamental, pois cada um pode saber como reagir nestas situações ou algo parecido. E a partir disso buscar os “antídotos” que funciona.
Não somos iguais, cada um tem sua própria identidade, história de vida, momento do ciclo-vital, e isso tem que ser considerado na escolha da estratégia individual para sobreviver.
Por isso, seguir a receita ou o modelo dos outros nem sempre dá certo! O que funciona para um, não necessariamente funciona para outro. Somos singulares. Não existe outra pessoa igualzinha a mim, e nem a você!
Na próxima coluna vou falar sobre como lidar com nossas emoções para não sermos “atropelados” pelo medo, ansiedade, angústia, desespero e insegurança. Me aguardem!
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