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Irmãos: como lidar com o ciúme entre eles?

  • 26 de set. de 2019
  • 3 min de leitura

NÃO É FÁCIL, MAS O PAPEL DOS PAIS FAZ TODA A DIFERENÇA PARA A RELAÇÃO DELES


Sem dúvida, essa relação não é nem um pouco tranquila, por natureza mesmo. Existem conflitos, comparações, disputas que logo surgem, desde que nasce o segundo filho na família.

Até então, o primogênito era o filho único e pode sofrer para incluir o recém-nascido em casa, onde mora com pais, que antes eram inteiramente voltados para ele. E agora eles estão ocupados com aquele “pacotinho”, que não para de chorar e solicita atenção e trabalho o tempo todo.

Com a chegada do segundo filho à família, com tantas demandas típicas de um recém-nascido, termina o reinado e a exclusividade do filho único, e isso é sentido por ele como uma perda de atenção, afeto e prioridade dos pais. E, sem dúvidas, isso é uma realidade.

Histórias e passagens de primogênitos tentando boicotar o bebê são muito comuns, como pegar todas as chupetas para si próprio, por exemplo. É bem frequente também que eles voltarem a fazer xixi na cama e regredir em termos de desenvolvimento. Alguns ainda pedem para mamar, voltam a falar tatibitate, e fazer todo tipo de manha para que os pais deem atenção. Tudo dentro do esperado, mas que chama a atenção dos pais para que tomem controle da situação, para que não piore e se torne algo crônico.

Por isso, se constitui uma fase importante na transição do Ciclo Vital da Família: antes, éramos 3 e agora somos 4. “Como será daqui para frente? Como farei para ser ainda o “preferido” dos meus pais?”, essas são as perguntas que não querem calar no inconsciente do primogênito. Estão postos, então, o dilema e os impasse dos pais a serem solucionados. E quanto mais cedo, melhor. Mas sem desespero: nunca é tarde para resolver problemas entre irmãos, mesmo sendo adultos.

Cabe aos pais saberem como lidar com a situação que é delicada, tensa e nova para todos os envolvidos, inclusive para os próprios pais, que vão ajudar o primogênito a aceitar o segundo filho como seu irmão e não seu rival.

E essa é a questão fundamental: nossos filhos nascem filhos e se tornam ou não irmãos. E isso depende fundamentalmente da atitude dos pais em relação à dinâmica familiar, que irá ser construída daí para frente.

As atitudes dos pais podem facilitar ou atrapalhar o desenvolvimento da relação fraternal. E é importante que eles se preocupem e busquem as devidas reflexões a respeito do assunto tais como:

Como cada progenitor é com seu próprio irmão? São irmãos dos próprios irmãos? Quais as dificuldades que tiveram ou observaram na relação de seus pais com os irmãos deles também?

Este mapeamento da história relacional da sua geração e a de seus pais vai ajudar e dar pistas de quais serão os possíveis entraves de cada um para construir esta nova família que surge.

Quando possível, uma sessão de aconselhamento e orientação familiar com um psicoterapeuta de família poderá ser muito útil, evitando danos às vezes irreversíveis. É o que chamamos de “Síndrome de Caim e Abel”.

Essa síndrome acontece quando os filhos competem e rivalizam o tempo todo, onde apenas um pode vencer e o outro vai perder. Um sintoma muito disfuncional, que infelizmente acomete várias famílias, causando sofrimento, mas que a ciência da terapia familiar sistêmica já dispõe de estratégias e métodos de superação.


Nunca é tarde para resgatar relações mais difíceis, problemáticas ou limitadas, e alimentá-las com novos estímulos de afeto e cumplicidade. Seus filhos vão observar e aprender muito com suas próprias atitudes em relação aos seus irmãos.

E junto a seus filhos, busque propiciar condições, rituais, e momentos lúdicos, para que se tornem irmãos. Existem atividades que ajudam muito nesta construção da cooperação, parceria e não da competição!

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Regina Politi | CRP 06 -17649

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